Marcelo A. Bochi
OAB/RS 41.430
Mais um dia dos Pais!
Agradecimentos aqui e ali aos pais que estão ainda presentes na vida dos filhos e aos que já partiram deste plano. Cumprimentos, abraços, presentes, a quem decisivo na geração e desenvolvimento de cada pessoa, educando, instruindo, provendo.
Infelizmente, como sabemos, não são todos os pais que recebem homenagens e que são dignos de ostentar dito "título". Há várias mães que cumprem os papéis alheios. Idem avós, tios, dindos. Tudo para que os filhos cresçam e evoluam com os necessários apoios afetivos e materiais. A Psicologia nos mostra que a falta da figura paterna contribui para que crianças e adolescentes desenvolvam traumas emocionais, tais como baixa autoestima, comprometimento da saúde física, medo excessivo, baixa qualidade de vida e outros malefícios.
Bastante por conta disso é que, não só ao longo do ano, mas em especial nesta época, paradoxalmente crescem nas redes sociais as desqualificações aos pais, com engrandecimento às mães que por um ou outro motivo terminam assumindo funções de ex-companheiros. Há pais criminosos? Sim, incontáveis! De minha parte, posso elaborar uma lista enorme, encabeçada quiçá por Leandro Boldrini. Mas, ouso questionar. Não há mães criminosas? Igualmente! Monique Medeiros (mãe de Henry Borel, Rio de Janeiro) e Alexandra Dlugokenski (mãe de Rafael Winques, Planalto) são menções obrigatórias. Particularmente, como advogado, já me deparei com inúmeros casos de alienação parental, que na grande maioria praticadas por mães em relação aos filhos no afã destes terem prejudicada e até rompida a convivência com os pais, o que gera consequências nefastas a todo o grupo familiar.
E filhos? Certamente temos Suzane von Richthofen às centenas, e mais perto de nós do que possamos imaginar!
É difícil dizer o que faz de um homem o melhor pai do mundo, mas parto da ideia inicial de que, para todo filho, é o que ele tem, desde que obviamente merecedor de tamanho carinho e respeito, vez as realidades para cada um são diferentes. Pais ricos podem não ter a mesma consideração que pais pobres. Doutores. Pais analfabetos. Pais religiosos. Pais ateus. Pais presidiários, condenados por crimes. Pais livres, socialmente reconhecidos. Enfim!
Meu pai, Reneu Souza Bochi, não se encontra mais neste mundo há exatos 30 anos. Defeitos dele à parte, como qualquer um tem, possuo firme convicção de que muito se esforçou para edificar em mim o melhor possível, o que busquei fazer em relação aos meus dois filhos. Algo que me permite ter a mente e o coração serenos. Mas, e o resto? Filhos são do mundo. Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos!
Parabéns a todos os verdadeiros pais por nossa data!